domingo, 13 de dezembro de 2009


O amor é o maior poder do universo. Não há filosofia, religião ou ciência que conteste; ou pelo menos, não aceite isto.
O amor nos fortalece! Sem ele, nos tornamos pobres, isolados e medrosos. Portanto, precisamos encontrar no fundo do nosso ser, onde não conseguimos amar, onde não queremos amar e por que resistimos ao amor!
Sem esse conhecimento específico, a eterna verdade sobre o amor permanece em nós como algo inatingível e nos tornam incessíveis e resistível ao amor.
Quando buscamos a nossa compreensão interna descobrimos o medo de amar e precisamos estar conscientes deste medo e da nossa imaturidade. Só assim, poderemos dar o grande passo na construção da nossa elevação espiritual. A nossa criança interior é imatura, busca aprovações, exigente e parcial quanto a ser amada por todos, ser incondicionalmente amada, ter todo desejo gratificado instantaneamente e ser amada apesar da sua irracionalidade e egoísmo. É por isso que temos medo de amar.
Já que desejamos a completa entrega dos outros, certo de que isto significa amor, como podemos resistir nos entregar por completo? Na nossa imaturidade, buscamos reinar supremamente sobre aqueles que devemos amar, tornando-os submissos, quase escravos. E há momentos na nossa distorção emocional que nos colocamos como submissos e quase escravos. Na nossa auto-rejeição, essa forma muitas vezes nos parece a única para conseguir o que queremos. E este aspecto externo de tal comportamento, parece amor verdadeiro. Afinal, nos enganamos em acreditar que a submissão é uma forma verdadeira de amar, quando é, certamente, uma forma de se anular. É o medo de amar!
Muitas vezes criamos nos nossos inconscientes conceitos próprios de amar, que muitas vezes se externam como ensinamentos religiosos e filosóficos. Parece que quando nos submetemos, não estamos sendo egoístas, mas antes nos sacrificando. A outra pessoa torna-se o centro do nosso mundo. Mas isso não é verdade em essência. Na verdade você é o centro, na verdade seu desejo é convencer o outro a amar você no seu conceito infantil. O que desejamos é ser venerados, ter nossos caprichos obedecidos, que os outros desistam de seus direcionamentos e que passem a ser governados pelos nossos desejos infantis, quando isso não acontece, nos sentimos menosprezados.
Portanto, somente quando percebemos nossas necessidades infantis e distorcidas do amor é que poderemos perceber também nos outros. Dessa forma, criaremos as condições maduras de um amor sem submissão. Seja de sua parte, ou da parte dos outros. Percebemos que um outro tipo de amor pode ser oferecido, que é muito mais desapegado em seu caráter. Muito mais adequado!
Quando você perceber que amar não significa desistir da dignidade, do autogoverno e da liberdade; não terá mais medo de amar.
Antes que possamos amar verdadeiramente os outros, precisamos e respeita-los desinteressadamente. E se formos verdadeiramente honestos conosco, seremos capazes de encontrar essas emoções.
Precisamos aprender a confiar em nós e nos outros, para que o amor deixe de ser um perigo pra nós. Sem a confiança não existe amor; entretanto, devemos fazer um julgamento intuitivo sobre a quem nos dispomos a amar e buscarmos sempre um entendimento do tipo de amor que nos chega, a fim de evitarmos a distorção. Dessa forma, não mais fugiremos do amor, mas correremos pra ele com a certeza da reciprocidade.
Aceitem enfrentar a vida e tirar o melhor dela. Usem da intuição, pois, sem duvida, ela é o mais elevado sentido de percepção que um ser humano pode ter. É claro que não acertamos cem por cento pela intuição, mas no momento em que você puder dizer: "Não sei com certeza, posso estar errado", esta disponibilidade de aprender com novos erros tornará sua ignorância inofensiva, porque você estará consciente dela.
Por fim, devemos entender que o amor só sobrevive em meio à verdade, a liberdade, a admiração e ao respeito mútuo. Que o verdadeiro amor não é egoísta, não se ensoberbece, não se partilha a partir da imaturidade e falso juízo de valores. O amor real é suplementar e não complementar. Precisamos dele para evoluir com os outros e não para dependermos ou nos fazer dependente dos outros

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